terça-feira, 30 de setembro de 2008

The End

I.
Acabou finalmente. Estou aliviada, é certo, mas não suficientemente alegre para celebrar... é como olhar para um cenário de guerra e, no balanço entre o que aprendemos e o(s) que perdemos, perceber que o saldo é tragicamente negativo.

II. Ainda assim...
Descobri o significado (e sobretudo a possível utilidade) do destino. Não sabemos bem porquê nem como, mas acaba por decidir por nós...

1 comentário:

Apostol disse...

Não foste só tu a olhares, com um gosto amargo de boca, para este cenário de pesadelo de um pós-guerra psicológica e de terror. Não foste só tu a não sentires alegria alguma mas apenas alívio.
Hoje é como sair à rua durante uma revolução. Foi como sair à rua nas primeiras horas, incertas ainda, de um já longínquo 25 de Abril de 1974...
Há um 'cantar de alvoradas', em cada dia que agora passa. Mas para se cantar a alvorada, há que semear e fazer crescer os sentimentos que até aqui eram quase clandestinos: a solidariedade, a criatividade, o sentir que se poden ir mais longe e, ao mesmo tempo, naturalmente mais responsável, sem termos uma 'mestra de escola' que nos trata como imbecis, sem ver o quanto mais imbecil ela é...
Mas, a par da descoberta do destino, temos também a descoberta que somos melhores que os nossos opressores. Que tudo aquilo que eles não nos souberam dar, somos nós capazes de dar, de coração largo...