sábado, 9 de agosto de 2008

Diz-me o que ouves e dir-te-ei o que sentes

Segundo um estudo publicado pelo diário britânico ‘The Guardian’, os cibernautas têm mergulhado de cabeça no universo kafkiano da internet em busca de músicas depressivas, com um astral tão em baixo como o índice de confiança na retoma a breve prazo. Diz o ‘The Guardian’ que, no topo das preferências, estão toadas como ‘Heaven Knows I’m Miserable Now’, dos The Smiths, ‘Trouble’, dos Coldplay, Everybody Hurts’ dos REM ou ‘How to Disappear Completly’ dos Radiohead. É a chamada música em tempo de cólera (também apropriada para aqueles momentos que se seguem a todo e qualquer infortúnio amoroso). Bem vistas as coisas, no equilíbrio entre lamechice e qualidade, até que a lista podia ser bem pior.
Mas será que eles pensam que descobriram a ‘pólvora’ com este estudo? Carpir mágoas ao som dos versos escritos por artistas torturados é o mais velho escape do Mundo, desde que a música é música e sempre que não há um bar mesmo ao pé. Vai-se ao fundo num mergulho e, como ninguém fica uma vida inteira debaixo de água, volta-se à tona mais depressa. E depois da crise vem sempre a mudança...

2 comentários:

Anónimo disse...

Oiçam metal. Não há como o heavy para saltar da fossa. Um exemplo: people = shit. Nem mais.

Apostol disse...

E o fado, e as mornas, e os choros? Pois é, a pólvora já foi inventada há muito... Mas para mim, para sair da fossa, nada como acordar com Emir Kusturika....